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Nas lameiras o feno fica cheio de flores, onde, entre leitugas, labrestos, rabaças e alecrim, se destacam as papoilas e as macelas, mas até os cardos dão flor. Junto dos rios (Vidoeiro e Delóbra / Paivô), de límpidas e cristalinas águas, há a sombra refrescante dos amieiros, entrecortada com juncos, vimes e freixos.

Nos montes reina a giesta e a piorna com maias brancas e amarelas, que impregnam com suave odor, verdadeiro perfume, toda a região.

Há também as flores amarelas das carqueijas, tojos e sargaços (que também dão pútegas) e as azuladas das urgueiras e urzes.

As silvas, junto aos caminhos, começam a mostrar as amoras que serão delicioso néctar no Verão.

 Os fieitos na linguagem comum nestas bandas, são a designação de fetos arbóreos que enchem de verde as zonas sem vegetação de maior porte. -  Os fetos ou samambaias são plantas vasculares que não produzem sementes - reproduzem-se por esporos que dão origem a um indivíduo geralmente insignificante e de vida curta (o protalo) que produz gâmetas para dar origem a uma nova planta.

  • Feto arbóreo

  • Fetos leptosporangiados - os "verdadeiros" fetos

  • Nos fetos leptosporangiados (os "fetos verdadeiros"), no entanto, o esporângio tem origem numa única célula-mãe e está reduzido a uma pequena cápsula formada por uma única camada de células, com um pedúnculo formado por tricomas, ou "pêlos" vegetais. Estes leptosporângios produzem sempre um número de esporos múltiplo de 16, na maior parte dos casos, 64.

As plantas totalmente desenvolvidas, são formadas por um caule, normalmente um rizoma e as folhas, chamadas frondes neste grupo, são muitas vezes compostas ou recompostas, ou ainda em forma de língua, e possuem na sua face inferior (ou abaxial) pequenos órgãos chamados soros que contêm os esporos.

Antigamente e como manda a tradição os miúdos de Colo de Pito ( década de 60 ) como brincadeira utilizavam os chamados fieitos (fetos) como se de foguetes se tratassem, atirando-os ao ar ao mesmo tempo de utilizavam sons vocais tal como os foguetes verdadeiros a rebentar a pólvora no ar com estrondo desde o seu lançamento ao estoirar no ar.

Estes mesmos fieitos ou fetos serviam e servem para acamar os animais nos currais - ovelhas, cabras, vacas, alimentando-se dos mesmos e no fim de algumas semanas transformam-se em estrume natural para posteriormente adobarem as terras no seu grangeio.

Nas encostas dos montes surgem os bosques de carvalhos e as matas de pinheiros bravos.

Havendo, por estas paragens, um dos maiores afloramentos graníticos de Portugal, é natural que os penedos quase façam parte da vida destas terras. Além de fornecerem importante material de construção, são pontos de referência no horizonte e têm uma simpatia especial da população. Têm nomes próprios e alguns até têm lendas, como o Penedo da Moira que é habitado por uma cobra que, se for picada à meia noite do dia de S. João, se transformará numa linda princesa moura e o penedo num belo palácio recheado de tesouros.

Outros penedos importantes são o Penedo do Crambo, a Fraga da Janela e a Fraga do Lameiro, que servia de escorrega à pequenada.

Nas terras de granjeio há milho, centeio, batata, feijões, feijocas e botelhas ( abóboras ).

Algumas leiras estão recheadas com soutos de castanheiros.

 Os campos mais perto do povo, como a Cal, parecem um conjunto de autênticas despensas, pois cada casa tem lá um cantinho. Há campos onde não cabe uma cama de casal, mas dá de tudo: couves, nabiças, cebolas, feijão, alfaces, tomate e pimentos.

Texto: Delfim Luiz e Manuel Dória Vilar