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MONTEIRAS
SEDE
JUNTA DE
FREGUESIA |
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A localidade de Monteiras
é a sede da Junta de Freguesia. Situada a cerca de 920
metros de altitude, entre os planaltos de Montemuro e
Leomil, é terra de clima áspero. Dista cerca de doze
quilómetros do centro da sede do concelho e ocupa uma área
de 2 167 hectares, com uma população local de 174 habitantes
e de 726 no total da freguesia, distribuídos pelas povoações
de Carvalhas,
Colo de Pito, Eido,
Monteiras
e Relva.
Confronta com os limites das freguesias de
Mezio, Várzea da Serra,
Almofala, Cujó, S.
Joaninho,
Castro Daire e Moura Morta.
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Como
principais actividades económicas, as Monteiras dedicam-se à
agricultura, pecuária, indústrias de mármores e pedra e
comércio
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Festas e
Romarias: Divino Espírito Santo, S. João — Relva (24 de
Junho),
Senhora da Ouvida (3 de Agosto),
Nossa
Senhora da Saúde (3.º domingo de Julho) - Colo de Pito
e Santa Luzia (13 de Dezembro)
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Património: Capela de Santa Luzia, igreja paroquial e
Cruzeiro da Independência
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Outros
Locais: Alto da Ucha
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Gastronomia: Carne fumada, bolo-podre e queijo fresco
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Artesanato: Cestaria em vime e tecelagem de lã e burel
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Colectividades na Freguesia:
Associação Cultural Desportiva e
Recreativa de Colo de Pito,
Associação Cultural Desportiva e Recreativa Relvense,
Cooperativa Combate ao Frio e Rancho Folclórico de Relva
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Orago:
Divino Espírito Santo
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Feiras:
Anual (3 de Agosto) -
Nossa Senhora da Ouvida |
Da aspereza do tempo por estas
bandas diz bem o aforismo "Monteiras, terra de tantas laranjas
criadas nas piorneiras", que sintetiza rigorosamente o tipo de
culturas aqui existentes. Esta é uma terrra húmida e fria. Escrevia
o cura de 1758, Manuel Rodrigues, na sua "Memória", que "não está
totalmente em alto de serra, porquanto está em um monte nem muito
alto nem muito baixo; porém está cercada de montes incultos". Por
essa altura — dá conta o clérigo —, os regatos que passavam na
freguesia, o Louçã e o Paivô, nasciam "arrebatados" e criavam trutas
com pouca abundância.
Teve ocupação humana em
tempos muito remotos. Divergem os etimólogos acerca da origem do
topónimo Monteiras. Inclina-se, todavia, a maioria dos estudiosos
para que derive de monumentos de civilização dolménica, embora não
se conheçam na região outras espécies além das mamoas na lombada em
torno da Capela de
Nossa Senhora da Ouvida.
Nada se conhece desta
terra na
Idade Média, além de que pertencia
ao termo do pequeno julgado de Castro Daire. Porém, nas Inquirições
de
D. Afonso III diz-se que todo esse
termo era foreiro ao rei de jugada,
citando-se todas as "aldeolas" do julgado abaixo e acima de
Monteiras, sem referência a esta, decerto por omissão (ou o lugar
teria então outro nome). Fosse como fosse, sabe-se que
D. Afonso Henriques mandou povoar
todo este território, devendo ter-se incumbido dessa tarefa seu aio
e companheiro Egas Moniz, que era então o prestameiro destas terras
regalengas da sua tenência de
Lamego.
Monteiras era um curato anual anexo à abadia de Castro Daire, e deve
ter-se instituído como paróquia nunca antes do século XVI. Talvez
houvesse sido criada depois da eliminação da paróquia do Mosteiro de
Baltar, com boa parte do seu território.
A freguesia dispõe de uma
bela igreja matriz,
onde se destaca, pela sua imponência, o altar-mor.
Cada povoação, ou lugar
principal, tem a sua capela própria, todas bem cuidadas e algumas,
até, profundamente remodeladas. De entre todas, impõe-se a secular
Capela de Santa Luzia. |